Seis candidatos participaram de discussão de propostas em encontro da TV Record
Do R7
Transporte público e embates sobre ética marcaram o debate entre os
principais candidatos à Prefeitura de Porto Alegre entre a noite desta
segunda-feira (1º) e a madrugada desta terça (2).
Logo no início, o candidato Roberto Robaina (PSOL) introduziu o tema
corrupção no debate, questionando Manuela D’Ávila (PCdoB) sobre o
envolvimento do ex-ministro Orlando Silva, do partido dela, em
escândalos de corrupção. A comunista respondeu:
— Orlando foi investigado e absolvido. Não sei por que tu insistes
nisso. E eu nunca vi o PSOL combatendo o Demóstenes, como tu dizes. E
conheço esta realidade melhor que tu, porque sou deputada pelo segundo
mandato.
Robaina afirmou que Maluf também “se elegeu várias vezes” deputado, e
que Manuela não toca nas “questões mais importantes da cidade, como a
CPI da Saúde”. “Falando assim, tu pareces um herói”, retrucou a
candidata.
O candidato do PSOL utilizou o tema também contra o candidato do PT,
Adão Villaverde, questionando se ele considerava o ex-ministro José
Dirceu inocente ou culpado. Villaverde afirmou que, com Lula, “acabou a
impunidade”.
— A grande vantagem desde que Lula começou a governar o País é que
não tem mais impunidade. Os ministros do STF foram quase todos indicados
por ele. O Brasil não é mais o mesmo e tudo será investigado e feito
como deve ser. Tão importante quanto investigar corrupção é averiguar
desperdício público durante uma gestão.
O transporte público também foi bastante discutido entre os
candidatos. Jocelin Azambuja (PSL) afirmou que, caso eleito, vai
construir na cidade o “aeromóvel”. De acordo com ele, a alternativa é
não poluente e mais barata que o metrô – com custo de R$ 42 milhões por
km contra 210 milhões por km dos trens subterrâneos.
Villaverde prometeu fazer um anel rodoviário ao redor de Porto Alegre
para reorganizar e descentralizar o trânsito, além de implantar
ciclofaixas. Wambert di Lorenzo (PSDB) afirmou que investiria na
ampliação de ônibus rápidos, além de permitir o tráfego de táxis em
corredores de ônibus.
O tucano afirmou ainda que quer a extinção da EPTC (Empresa Pública
de Transporte e Circulação), cujos azuizinhos “perseguem os eleitores”. O
prefeito e candidato à reeleição, José Fortunati, defendeu a atuação
dos agentes.
— Temos trabalhado com a EPTC a educação para o trânsito. Sempre que
acontece excesso sou o primeiro a pedir sindicância. Não se pode
condenar a imensa maioria de agentes que trabalham de forma adequada por
um pequeno grupo. Sou a favor da EPTC, que não está na ilegalidade em
Porto Alegre.